sexta-feira, janeiro 11, 2008

No meio do caminho tinha uma pedra

“O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, David matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!”

(infelizmente desconheço o autor)

A vida nos oferece muitas oportunidades. Pode ser uma situação qualquer, uma característica de nossa personalidade, alguém presente na nossa vida...
Enquanto algumas pessoas tomam o caminho da queixa, reclamação e sofrimento, outras aproveitam o que há de melhor. Uma mesma coisa que nos acontece pode ter as mais variadas apresentações. Podemos perceber o que nos rodeia ou que está dentro de nós através de diferentes ângulos.
Por exemplo, há aquele que tem a habilidade de se comunicar bem, sem constrangimentos e que acaba se comportando como um bom orador, buscando falar bem com todos. No entanto, essa mesma pessoa poderia se tornar um arrogante “falador” que se expressa sem “papas na língua”.
Os tímidos também podem se comportar como ótimos observadores e atenciosos nas mais diversas situações. No entanto existem aqueles que se sentem inferiorizados por não falarem bem a todo momento.
A pessoa pode se valorizar pelo que é ou se inferiorizar diante das pessoas. Afirmo que “pode”, pois a maneira como nos comportamos diante das pessoas, contribui para a maneira como somos vistos. Ou seja: se você reclama de não ser respeitado por ninguém, experimente se colocar como alguém de mais valor.
Muitas pessoas são verdadeiros diamantes, mas se comportam como pedras toscas que são chutadas pelos outros ou um pedrinha sem graça que ninguém percebe. Existe um verdadeiro baú de preciosidades dentro de cada um. Mas como o poema diz, a diferença não está no que temos dentro de nós mesmos ou ao nosso redor, mas na forma como nos colocamos diante dos outros e de nós mesmos.
É querer justificar demais dizer que sempre se foi assim. Muito cômodo argumentar que não há como mudar.
O diamante, pelo que sei, é mais bonito e valorizado que outras pedras, mesmo com uma origem não tão fácil e acessível. Superou a sua forma inicial, foi separada do cascalho e depois lapidado. Poderia ter se mantido grudado na rocha ou se tornado uma pedra simples que apóia uma porta, por exemplo.
Prefiro porém que se faça a opção de ser uma pedra preciosa, de grande valor do que uma pedra qualquer que em alguns casos pode fazer mal aos outros ou a si mesma. Enfim, lapidar o que se é para ser melhor, mais feliz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ei Carlinha,
Já que você recomendou, "tive" que ler este texto da pedra.
Lembrei-me daquele ponto de vista de um copo que está pela metade: meio cheio ou meio vazio?
Mas de uma coisa tenho certeza: você é um belo diamante que pouquíssimos desbravadores conseguiriam encontrar. E saiba que estou muito feliz por me considerar como um deles.
Beijos