quarta-feira, dezembro 31, 2008

Ano novo...

Há quem diga que é bobeira ficar falando em "ano novo" pois os dias são todos iguais...
Mas gosto demais da esperança e do entusiasmo que um novo recomeço dá.
Renova-se o estoque de sonhos a realizar...

Abrace quem você ama e esteja sempre perto de quem realmente valha a pena!!


RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
Até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Natal...

Para mim Natal sempre foi sinônimo de família reunida, cantarolante e feliz da vida...
Época de rever aqueles que geralmente estão longe e que reaparecem para renovarmos o sentimento que nos une...
Outra emoção agora é a saudade... Saudade de quem está longe mas que amamos muuuuito.

Feliz Natal a todos nós!

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Escutatória

Difícil, gente!
Mas quando conseguimos, que maravilha conviver...



Escutatória
Rubem Alves
"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado ...
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.
Daí a dificuldade: A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança...Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras...
No lugar onde não há palavras.A música acontece no silêncio.
A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.
Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."

sexta-feira, novembro 28, 2008

Vale a pena!

Hoje ministrei uma palestra sobre Motivação e Sucesso para a empresa Expresso União (Patrocínio/MG). Procurei falar muito sobre a importância que devemos dar sobre nossas atitudes para que obtenhamos resultados cada vez melhores na vida.
Quando terminei, fui me sentar lá atrás para aguardar o encerramento da semana de palestras(SIPAT) e um funcionário que estava bem à minha frente estava com uma camiseta com os dizeres:

"AJA COMO SE SUAS AÇÕES VALESSEM A PENA, AFINAL ELAS VALEM MESMO"

De fato, tudo que fazemos levam a um resultado e quanto mais tomamos consciência disso, melhores resultados temos.
Viver vale muito a pena, mas principalmente ter uma vida com qualidade vale muito mais!
Agir com educação, tratar bem ao outro, sonhar muito, lutar pelos sonhos, aprender com os erros.... tudo vale a pena!
Como diria o poeta: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

segunda-feira, novembro 24, 2008

Reflexão

Recebi esse texto da minha amiga Rosana...
Pode parecer meio deprimente à primeira vista, mas nos leva a refletir e principalmente a buscar rever nossos conceitos e ações...


"Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
stamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."

terça-feira, novembro 11, 2008

Novos desafios!!

Estou de volta a uma empresa que sempre mantive ligação afetiva. Os Postos Serra Negra, Jamaica e Doidão formam um grupo para o qual trabalhei em 2000/2001. Meu primeiro trabalho!!
Agora retorno depois de muito aprender por aí e cheia de gás para inovar!
Meu trabalho será com os funcionários, em recrutamento & seleção, treinamentos, desenvolvimento de lideranças e tudo mais que possa contribuir para que essas empresas prosperem e tenha funcionários satisfeitos!

Que seja uma nova época, com muita alegria!

segunda-feira, outubro 20, 2008

Do bom e do melhor...

Depois de muito tempo sem escrever por aqui, tive a vontade de recomeçar usando o texto da Leila Ferreira ("Leila Entrevista", como é chamada e que tive o privilégio de conhecer quando esteve em Patrocínio em março).
Sua indignação e desabafo cheios de sabedoria nos convidam a refletir sobre a real necessidade de se buscar sempre 'o melhor', esquecendo-se muitas vezes do que pode ser prazeroso em nossas vidas.
Não deixemos para trás nossos valores, não percamos aquilo que realmente vale a pena em nossas vidas!!!...
Viver é muito bom e nossa vida é resultado de nossas escolhas...




DO BOM E DO MELHOR (Leila Ferreira)

"Estamos obcecados com 'o melhor'. Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do 'melhor'. Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor homem, o melhor vinho.
Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com 'o melhor'. Isso até que outro 'melhor' apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor de repente nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, um eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque 'é o melhor cargo da empresa'? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem 'o melhor chef'? Aquele xampu que eu usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo 'melhor cabeleireiro'?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o 'bom' que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens 'perfeitos'. As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vão me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e, na busca do 'melhor', a gente nem percebeu?... "

terça-feira, abril 22, 2008

PIPOCA OU PIRUÁ?

Espero que você conheça aquele texto do Rubem Alves que descreve a transformação do milho de pipoca (“A pipoca”, em “O amor que acende a lua”). As mudanças que sofre quando aquecido e suas duas possibilidades: manter-se duro e resultar em um piruá ou então se transformar em pipoca.
Pois bem, nesse texto podemos nos comparar a esse milho que devido às pressões e desafios da vida é levado a se transformar. O fogo na panela pode ser qualquer dificuldade que encontramos ao longo da vida. Dor, adoecimento, separações, perdas. Das menores às mais insuportáveis tribulações que enfrentamos ao longo da vida.
No entanto, o milho de pipoca não deve ser o que é. Não foi feito para isso. Ele deve ser aquilo que é depois do estouro. Ou o piruá no fundo da panela ou a macia pipoca. Resultados do fogo, da pressão. Assim como o milho, nós também temos as duas opções.
Existem aquelas pessoas que mesmo diante de grandes provações resistem em mudar. Permanecem do mesmo jeito que sempre foram. Como o milho que endureceu sua casca e não se permite “estourar”, essas pessoas por certos motivos não possibilitam mostrar seus conteúdos internos e transformá-los através da “explosão”.
Os motivos podem variar muito entre medo de mudar ou de encarar o desconhecido, a falta de autoconhecimento ou mesmo a prepotência...
Por outro lado existem aqueles que estando diante dos obstáculos da vida se transformam e se adaptam. Os problemas externos (crise, morte, perdas) ou os internos (depressão, ansiedade, pânico) os levam a mudar. Transformação e renovação, muitas vezes mostrando um resultado inacreditável. Inúmeras pessoas se surpreendem com seus próprios resultados, com suas mudanças. Descobrem-se mais fortes, mais independentes, diferentes.
Observando por essa perspectiva as dificuldades e problemas que a vida nos coloca são na verdade oportunidades. Possibilidades de crescimento, desenvolvimento, descobertas para aqueles que optam por esse caminho. Ao invés de reclamarmos dos problemas ou nos limitarmos a sofrer, unicamente pelo simples fato de sofrer, temos a possibilidade de nos transformar.
Assim como a pipoca é o milho que usufruiu de seu potencial e soube se desenvolver, somos melhores quando nos permitimos desenvolver a partir dos obstáculos enfrentados.
E mais: caso não tivéssemos nenhuma dificuldade a superar ao longo da vida provavelmente nunca teríamos nos desenvolvido. Se o fogo não atingisse a panela o milho ainda seria um milho... O crescimento é resultado dessa transformação. É preciso perceber as oportunidades diante dos obstáculos. Ampliar nosso campo de visão.
Mais uma vez uma decisão própria. Ou a mudança/desenvolvimento da pipoca ou a mesmice do piruá. Ou a melhoria, o crescimento e a descoberta ou a zona de conforto, a rigidez, a estabilidade. E você, o que quer ser? Pipoca ou piruá?

sexta-feira, abril 11, 2008

TUBARÕES DE NOSSA VIDA


Nos últimos dias recebi uma história dizendo que os japoneses sempre adoraram peixe fresco. No entanto as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca.
Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.
Para resolver este problema as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Entretanto, conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado, e é claro, eles não gostaram do peixe congelado.
Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar eenfiar esses peixes nos tanques, "como sardinhas". Depois de certo tempo, pelafalta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavamcansados e abatidos, porém, vivos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notara diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto defrescor. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixeapático.
Ao que parece, eles estavam sempre diante de obstáculos para resolver... Provavelmente agora não teriam mais o que fazer... Parecia que à medida que superavam alguma dificuldade, outra maior aparecia...
Diante dessa realidade, as empresas de pesca japonesas continuaram colocando os peixes dentro de tanques. Mas também adicionam um pequenotubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixeschega "muito vivo". Os peixes são desafiados.
Quando as pessoas atingem seus objetivos tais como quando encontram um relacionamento que tanto buscavam, começam com sucesso numa empresa nova, pagam todas suas dívidas ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, entãorelaxam. Chegaram onde queriam.
Querem descansar um pouco de tantos obstáculos. Mas sabemos bem que os obstáculos nunca param de aparecer enquanto estivermos vivos e quisermos crescer, desenvolver. São essenciais para nosso desenvolvimento. A superação gera o crescimento.
Sendo assim, não tenha medo dos obstáculos. Ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista. Se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus sonhos, coloque objetivos maiores. Ouse em seus sonhos e não pare nunca. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele.
Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer diferença. Seja criativo. Encare os problemas como oportunidades de crescimento. Coloque um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar.

"O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador".

(L. Ron Hubbard)

quinta-feira, março 27, 2008

ELEFANTE DE CIRCO

Mais uma vez tomo a liberdade de ilustrar nossa conversa com uma história. Nessa semana falaremos sobre o elefante do circo. E através dessa história podemos perceber o quanto somos injustos e carrascos de nós mesmos...
Ao assistir o espetáculo do circo, uma criança, observou o elefante que durante o espetáculo, fazia demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanecia preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca era só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir. Mas por quê o elefante não fugia?
A curiosa criança decidiu perguntar ao amestrador e ele lhe explicou que o elefante não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechando os olhos a criança imaginou o pequeno recém-nascido preso: Naquele momento o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele; o elefantinho tentava, tentava e nada...
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Percebem o quanto muitas vezes somos um pouco “elefantinho de circo”? O quanto nos limitamos a acreditar que não somos capazes de algo unicamente baseados em vivências de tempos atrás?
Está claro o quanto nossas experiências em épocas mais jovens de nossas vidas acabam por influenciar nossa maneira de agir (ou de não agir...). Contudo, esses fatores não são determinantes a ponto de estabelecer para sempre nossas atitudes.
Na história do elefantinho ele não acreditava em si mesmo devido a uma situação que aconteceu anos antes, quando ainda era filhote. No entanto, mesmo depois de os tempos passarem ele mantinha a idéia sobre si mesmo. Quantas vezes também não acreditamos em nós mesmos devido a uma experiência anterior frustrada? Uma coisa é aprender com os próprios erros. Outra bem diferente é julgarmos ser sempre incapazes, inúteis e incorrigíveis.
Insistimos em acreditar que temos um destino. E esse destino de incapacidade e limitação, na maioria das vezes somos nós mesmos quem estabelecemos. Afirmações do tipo “não consigo”, “isso é demais pra mim” e “nunca poderei” utilizamos diante de situações que poderiam ser diferentes.
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras e não ter receio de arrebentar as correntes. É perceber que as correntes podem mudar e principalmente que nós mudamos sempre... A cada dia, a cada obstáculo podemos e somos diferentes. É preciso superar cada obstáculo sem medo nem complexos...
Os obstáculos nos foram colocados ao longo da vida para serem superados e através deles observamos nossas conquistas e mudanças... Por isso se nunca tentarmos nos superar, estamos agindo como o elefante... Limitados a repetir o seu espetáculo de sempre.O rompimento das velhas correntes poderá nos mostrar uma nova realidade na qual novas habilidades e limites são apresentados. Busquemos agir acreditando que tudo pode ser possível, desde que acreditemos e nos encorajemos para conseguir novas possibilidades... Critiquemos nossas correntes que muitas vezes não têm razão de ser. Vamos mostrar para nós mesmos a nossa força “elefante” escondida dentro de nós mesmos.

quarta-feira, março 05, 2008

MULHERES MARCANTES


É sempre muito bom receber homenagens e durante essa semana nós mulheres estivemos em alta. A comemoração ao Dia Internacional da Mulher acaba nos proporcionando momentos bons, seja com um singelo e sincero cumprimento ou mesmo manifestações mais intensas.
E o assunto rola por um bom tempo sobre a importância que temos para a família, escola, trabalho, sociedade. Elogios merecidos, comentários muito bons de ser ouvidos, mensagens muito bem vindas. Reconhecimento é sempre válido e esperado.
Assim como outras datas comemorativas um dos inconvenientes é que passados alguns dias, cai-se no esquecimento. Mas o que julgo também muito importante é refletir sobre a classificação ‘mulher’. Basta ter nascido nesse gênero para merecermos homenagens. Nada mais justo, por sermos batalhadoras e vencedoras em vários aspectos.
Mas não deveria bastar. Prefiro elogios como ‘mulher talentosa’, ‘mulher determinada’ ou outra característica marcante. Ser mulher é ótimo, mas melhor ainda é desenvolver habilidades que engrandeçam esse nosso privilégio de ser femininas.
Na verdade, por mais polêmico que possa soar falar nisso durante uma semana como essa, contentar-se em ser mulher parece-me comodismo. Mereço reconhecimento por ser mulher e pronto? Basta essa classificação?
Como disse, prefiro reconhecimentos que vão além e creio que muitas que conheço, também. Persistência, superação, humildade, doação, desprendimento, força, inteligência e o que mais quer que seja. A delicadeza de algumas, a simplicidade de outras, o dinamismo e outras tantas habilidades sempre combinam com o ‘substantivo mulher’. Fica mais completo e sei que muitas de nós nos destacamos por esses adjetivos.
Admiro sempre mulheres que através de sua natureza feminina desenvolvem-se mais, fazem por merecer elogios e méritos. A mãe dedicada, a irmã amiga, a profissional determinada, a esposa companheira... e outras tantas que nem esperam esse reconhecimento.
São o que são por desejarem ser assim, por acharem ser óbvio demais querer ser uma pessoa melhor a cada dia. Esperam ser por elas mesmas e pelas pessoas que amam. Não se contentam em ser apenas mais uma, mas acabam sendo marcantes no que são.
Marcam positivamente a sua própria vida, a vida dos outros, a família que pertencem, a sociedade onde estão, o mundo que as rodeia. Não são necessariamente grandes feitos como um prêmio Nobel, mas alcançam suas vitórias diárias e as conquistas de suas vidas.
Mulheres maravilhosas por serem pessoas maravilhosas. Um merecido abraço a cada mulher marcante durante essa semana. Àquelas que além de merecerem os méritos de serem mulheres são também pessoas marcantes. Merecido reconhecimento em todos os dias que fazem de suas vidas diferentes e especiais.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Do que somos capazes?

Acredito que as histórias podem ser uma importante ferramenta quando buscamos explicar ou entender o ser humano, suas reações, comportamentos, relacionamentos etc. Por isso, mais uma vez tomo a liberdade de utilizar uma historinha para poder iniciar nosso bate papo:
“Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
Nesse instante apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu. Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz... “
Quantas vezes temos dado ouvido ao que as pessoas afirmam sobre nossa capacidade e nossas habilidades? Até que ponto o que os outros pensam e falam condiz com a realidade?
Muitas vezes o que sabemos e podemos não é tão previsível. O desempenho e a capacidade de uma pessoa podem ser variáveis. O que sempre fomos e fizemos não são necessariamente determinantes no que podemos fazer. Mudamos e nos superamos á medida em que buscamos isso.
Podemos nos surpreender com nossas reações justamente naqueles momentos em que deixamos um pouco de lado a opinião dos outros e seguimos nossa vontade, intuição e motivação. Supervalorizar a opinião dos outros ou a “ordem natural das coisas”, o que sempre foi feito, muitas vezes é um caminho de deixarmos de ser nós mesmos ou de descobrirmos novos talentos.
Mas afinal, do que somos capazes?
Como responder a essa tão complexa pergunta? Somos capazes de fazer aquilo que realmente acreditamos. Se eu acho que posso conseguir pouco, certamente será isso que conseguirei. Caso eu acredite em muito mais, será este o resultado. Já dizia Henry Ford: “Se você acha que você consegue ou acha que não consegue, de qualquer forma você está certo.”
Acreditar em si é o primeiro e mais importante passo para conseguir aquilo que se quer. A partir desse ponto é mais possível passar pelas dificuldades, ser mais persistente, chegar mais longe. Inúmeras barreiras nos são impostas. Não temos poder sobre muitas dificuldades e problemas. Mas por outro lado, nossa forma de perceber e encarar faz muita diferença.
Somos capazes de ser aquilo que queremos ser e lutamos para ser. Somos capazes de chegar onde queremos e determinamos chegar. Mais uma vez uma decisão e luta pessoal.
E você, do que você é capaz?

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Qualidade de vida...

Estar de bem com a vida, satisfação, equilíbrio, gostar do que faz... Podemos encontrar várias formas de descrever o termo “qualidade de vida”, que na verdade representa o bem estar físico, mental e emocional. É arte de viver em paz, o indivíduo consigo mesmo, com a natureza e com a sociedade.
Algumas pessoas podem achar que quando falamos de qualidade de vida estamos nos referindo somente a atividades que exigem sair da rotina, fugir do trabalho e das preocupações do dia-a-dia. Ou seja, estão muito longe da realidade daqueles que trabalham a semana toda e “não têm tempo”.
Ao que parece, ficou comum as pessoas se queixarem de stress ou depressão como conseqüências lógicas de quem trabalha muito, é responsável e se preocupa em estar sempre repleto de tarefas a cumprir.
Não podemos nos “acostumar” a adoecer ou a nos queixar da vida. Qualidade de vida envolve prevenção. Prevenir situações que nos prejudiquem a saúde.
Precisamos perceber que o ambiente que devemos preservar começa dentro de cada um de nós e vai, gradativamente, envolvendo e integrando todos os demais ambientes que nos cercam. As decisões que tomamos na vida como o tipo de trabalho que iremos desempenhar, os tipos de alimentos que ingerimos ou os relacionamentos que iremos cultivar são determinantes para nossa saúde.
Podemos iniciar então por atitudes simples que integraremos ao nosso dia-a-dia e que poderão nos auxiliar na garantia de nossa qualidade de vida. A simplicidade de admirar um dia de sol, conversar com os amigos despreocupadamente, exercitar o bom humor... Lembre-se: ser negativista ou mau humorado não resolve os problemas, mas pode abreviar seu dias. Decidir ser mais positivo garante-lhe mais saúde e disposição para lidar com as dificuldades da vida...
Gerenciar a emoção e os pensamentos também são formas de garantir a qualidade de vida. Governar suas emoções, direcioná-las para admirar a vida, perdoar-se mais, criticar seus pensamentos negativos, relaxar de vez em quando para espantar o cansaço e desacelerar o pensamento... Podemos desenvolver várias formas de melhorar nossa vida, todas elas dependendo de nossa própria vontade e decisão.
Não devemos nos esquecer da alimentação saudável, exercícios físicos e trabalho como fonte de realização. Isso mesmo. Trabalhar naquilo que realmente gosta ou encontrar no trabalho fonte de prazer é essencial para quem busca o equilíbrio. E assim como na vida pessoal, no trabalho precisamos estar preparados para possíveis frustrações, admitir que não somos perfeitos e que algum imprevisto não pode nos tirar do caminho de ser feliz, da qualidade de vida.
Tenha metas, sonhos a realizar. Eles são a nossa motivação natural em busca da satisfação. Sonhe muito, sonhe alto, mas tenha os pés no chão. Valorize seu potencial, o que você sabe e pode aprender. Crie oportunidades e não tenha medo de errar. Decida ser feliz hoje. E comece a agir para que isso aconteça.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

No meio do caminho tinha uma pedra

“O distraído nela tropeçou.
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, David matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!”

(infelizmente desconheço o autor)

A vida nos oferece muitas oportunidades. Pode ser uma situação qualquer, uma característica de nossa personalidade, alguém presente na nossa vida...
Enquanto algumas pessoas tomam o caminho da queixa, reclamação e sofrimento, outras aproveitam o que há de melhor. Uma mesma coisa que nos acontece pode ter as mais variadas apresentações. Podemos perceber o que nos rodeia ou que está dentro de nós através de diferentes ângulos.
Por exemplo, há aquele que tem a habilidade de se comunicar bem, sem constrangimentos e que acaba se comportando como um bom orador, buscando falar bem com todos. No entanto, essa mesma pessoa poderia se tornar um arrogante “falador” que se expressa sem “papas na língua”.
Os tímidos também podem se comportar como ótimos observadores e atenciosos nas mais diversas situações. No entanto existem aqueles que se sentem inferiorizados por não falarem bem a todo momento.
A pessoa pode se valorizar pelo que é ou se inferiorizar diante das pessoas. Afirmo que “pode”, pois a maneira como nos comportamos diante das pessoas, contribui para a maneira como somos vistos. Ou seja: se você reclama de não ser respeitado por ninguém, experimente se colocar como alguém de mais valor.
Muitas pessoas são verdadeiros diamantes, mas se comportam como pedras toscas que são chutadas pelos outros ou um pedrinha sem graça que ninguém percebe. Existe um verdadeiro baú de preciosidades dentro de cada um. Mas como o poema diz, a diferença não está no que temos dentro de nós mesmos ou ao nosso redor, mas na forma como nos colocamos diante dos outros e de nós mesmos.
É querer justificar demais dizer que sempre se foi assim. Muito cômodo argumentar que não há como mudar.
O diamante, pelo que sei, é mais bonito e valorizado que outras pedras, mesmo com uma origem não tão fácil e acessível. Superou a sua forma inicial, foi separada do cascalho e depois lapidado. Poderia ter se mantido grudado na rocha ou se tornado uma pedra simples que apóia uma porta, por exemplo.
Prefiro porém que se faça a opção de ser uma pedra preciosa, de grande valor do que uma pedra qualquer que em alguns casos pode fazer mal aos outros ou a si mesma. Enfim, lapidar o que se é para ser melhor, mais feliz.