quinta-feira, março 27, 2008

ELEFANTE DE CIRCO

Mais uma vez tomo a liberdade de ilustrar nossa conversa com uma história. Nessa semana falaremos sobre o elefante do circo. E através dessa história podemos perceber o quanto somos injustos e carrascos de nós mesmos...
Ao assistir o espetáculo do circo, uma criança, observou o elefante que durante o espetáculo, fazia demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanecia preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.
A estaca era só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia arrancá-la do solo com facilidade e fugir. Mas por quê o elefante não fugia?
A curiosa criança decidiu perguntar ao amestrador e ele lhe explicou que o elefante não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechando os olhos a criança imaginou o pequeno recém-nascido preso: Naquele momento o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar, e, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele; o elefantinho tentava, tentava e nada...
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Percebem o quanto muitas vezes somos um pouco “elefantinho de circo”? O quanto nos limitamos a acreditar que não somos capazes de algo unicamente baseados em vivências de tempos atrás?
Está claro o quanto nossas experiências em épocas mais jovens de nossas vidas acabam por influenciar nossa maneira de agir (ou de não agir...). Contudo, esses fatores não são determinantes a ponto de estabelecer para sempre nossas atitudes.
Na história do elefantinho ele não acreditava em si mesmo devido a uma situação que aconteceu anos antes, quando ainda era filhote. No entanto, mesmo depois de os tempos passarem ele mantinha a idéia sobre si mesmo. Quantas vezes também não acreditamos em nós mesmos devido a uma experiência anterior frustrada? Uma coisa é aprender com os próprios erros. Outra bem diferente é julgarmos ser sempre incapazes, inúteis e incorrigíveis.
Insistimos em acreditar que temos um destino. E esse destino de incapacidade e limitação, na maioria das vezes somos nós mesmos quem estabelecemos. Afirmações do tipo “não consigo”, “isso é demais pra mim” e “nunca poderei” utilizamos diante de situações que poderiam ser diferentes.
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras e não ter receio de arrebentar as correntes. É perceber que as correntes podem mudar e principalmente que nós mudamos sempre... A cada dia, a cada obstáculo podemos e somos diferentes. É preciso superar cada obstáculo sem medo nem complexos...
Os obstáculos nos foram colocados ao longo da vida para serem superados e através deles observamos nossas conquistas e mudanças... Por isso se nunca tentarmos nos superar, estamos agindo como o elefante... Limitados a repetir o seu espetáculo de sempre.O rompimento das velhas correntes poderá nos mostrar uma nova realidade na qual novas habilidades e limites são apresentados. Busquemos agir acreditando que tudo pode ser possível, desde que acreditemos e nos encorajemos para conseguir novas possibilidades... Critiquemos nossas correntes que muitas vezes não têm razão de ser. Vamos mostrar para nós mesmos a nossa força “elefante” escondida dentro de nós mesmos.

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