sábado, fevereiro 19, 2011

(Auto)Confiança




Há meses tenho estudado sobre confiança, especificamente aquela que desenvolvemos em relação à empresa onde trabalhamos.

Teóricos importantes buscam se conciliarem em relação a uma definição comum a todos, ainda sem êxito.

Pois bem... Sabe-se que o ato de confiar depende tanto de quem confia quando da pessoa na qual a confiança será depositada, existindo sempre o risco de que não dê certo.

Apesar de a predisposição por confiar contribui para que uma pessoa confie na outra, está presente a sensação de vulnerabilidade, de se estar à mercê do outro...


Mas não vou ficar aqui tecendo comentários teóricos sobre a confiança. Em breve (se Deus quiser!!) estarei com minha dissertação concluída e aí sim essa discussão poderá se delongar um pouco mais.


O que me deixa intrigada é se eu que cheguei a esse tema ou se foi ele quem me escolheu... Avaliando bem, sempre fui muito crédula em relação às pessoas, acredito que estejam falando a verdade ou que estejam com boas intenções...

Mas quantas vezes me decepcionei!! Será que deixarei de acreditar ou continuarei confiando e confiando?

Percebo agora, enquanto escrevo, que o problema nem seria confiar demais nos outros, mas confiar "de menos" em mim mesma. Desconfiar do meu potencial, considerar que estou em desvantagem em relação às outras pessoas é que tem me preocupado....

Auto-confiança é essencial para a vida, em todas suas esferas (profissional, emocional, social, acadêmica...). Para que ela se desenvolva, é preciso buscar o autoconhecimento, ouvir nossa voz interior que nos mostra nossos limites e nossas capacidades.

Estou mesmo disposta a começar nova fase, a acreditar um pouco mais em mim para que eu consiga me sair melhor e possa ter orgulho das minhas conquistas... Eu vou chegar lá!!


E você, tem confiado em si mesmo?



"Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo..."(o bom e velho Renato Russo)

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Pipoca


Utilizo o texto que escrevi anos atrás (tempos bons da coluna no Jornal Patrocínio Hoje) comentando Rubem Alves, para ilustrar bem meus dias atuais...



Espero que você conheça aquele texto que descreve a transformação do milho de pipoca. As mudanças que sofre quando aquecido e suas duas possibilidades: manter-se duro e resultar em um piruá ou então se transformar em pipoca.
Pois bem, nesse texto podemos nos comparar a esse milho que devido às pressões e desafios da vida é levado a se transformar. O fogo na panela pode ser qualquer dificuldade que encontramos ao longo da vida. Dor, adoecimento, separações, perdas. Das menores às mais insuportáveis tribulações que enfrentamos ao longo da vida.
No entanto, o milho de pipoca não deve ser o que é. Não foi feito para isso. Ele deve ser aquilo que é depois do estouro. Ou o piruá no fundo da panela ou a macia pipoca. Resultados do fogo, da pressão. Assim como o milho, nós também temos as duas opções.
Existem aquelas pessoas que mesmo diante de grandes provações resistem em mudar. Permanecem do mesmo jeito que sempre foram. Como o milho que endureceu sua casca e não se permite “estourar”, essas pessoas por certos motivos não possibilitam mostrar seus conteúdos internos e transformá-los através da “explosão”.
Os motivos podem variar muito entre medo de mudar ou de encarar o desconhecido, a falta de autoconhecimento ou mesmo a prepotência...
Por outro lado existem aqueles que estando diante dos obstáculos da vida se transformam e se adaptam. Os problemas externos (crise, morte, perdas) ou os internos (depressão, ansiedade, pânico) os levam a mudar. Transformação e renovação, muitas vezes mostrando um resultado inacreditável. Inúmeras pessoas se surpreendem com seus próprios resultados, com suas mudanças. Descobrem-se mais fortes, mais independentes, diferentes.
Observando por essa perspectiva as dificuldades e problemas que a vida nos coloca são na verdade oportunidades. Possibilidades de crescimento, desenvolvimento, descobertas para aqueles que optam por esse caminho. Ao invés de reclamarmos dos problemas ou nos limitarmos a sofrer, unicamente pelo simples fato de sofrer, temos a possibilidade de nos transformar.
Assim como a pipoca é o milho que usufruiu de seu potencial e soube se desenvolver, somos melhores quando nos permitimos desenvolver a partir dos obstáculos enfrentados.
E mais: caso não tivéssemos nenhuma dificuldade a superar ao longo da vida provavelmente nunca teríamos nos desenvolvido. Se o fogo não atingisse a panela o milho ainda seria um milho... O crescimento é resultado dessa transformação. É preciso perceber as oportunidades diante dos obstáculos. Ampliar nosso campo de visão.
Mais uma vez uma decisão própria. Ou a mudança/desenvolvimento da pipoca ou a mesmice do piruá. Ou a melhoria, o crescimento e a descoberta ou a zona de conforto, a rigidez, a estabilidade.
E você, o que quer ser? Pipoca ou piruá?

Que eu consiga mesmo me tornar pipoca... Agora mais do que nunca...